sábado, 11 de janeiro de 2014

Gêneros Textuais



Os textos durante muito tempo foram trabalhados nas escolas apenas com o enfoque de interpretação textual, muito pouco se explorava o gênero. O estudo do caderno propiciou aos professores a compreensão de que os gêneros textuais podem e devem ser o ponto de partida do trabalho, tendo uma abordagem sobre o gênero, perpassando as diversas áreas do conhecimento. Defende-se que se a escola investe no trabalho com gêneros textuais estará facilitando apropriação do uso da língua.
A formação foi muito relevante dentro do programa, visto que conforme depoimentos, houve um redimensionamento da compreensão dos professores alfabetizadores acerca dos gêneros, como também para a orientadora de estudo que ampliou seu conhecimento sobre o textos e suas características. O encontro se deu de maneira muito dinâmica, os professores constantemente eram convidados a participar de uma atividade envolvendo algum gênero textual. A intenção era levar o professor a conhecer mais profundamente o gênero trabalhado, percebendo sua composição e características.
Os textos do caderno foram escritos por Leila Nascimento da Silva, Adriana M. P. da Silva, Ana Beatriz Gomes Carvalho, Francismar Martins Teixiera, Lourival Pereira Pinto, que buscaram abordar os gêneros textuais pensando na seleção e na progressão dos alunos, os gêneros e suas relações com as áreas do conhecimento e alguns relatos de experiência no 3º ano. O estudo realizado constata que é importante o trabalho progressivo  e aprofundado com os gêneros orais e escritos, indo de encontro com a postura adotada por boa parte das escolas, que geralmente só favorece o estudo dos gêneros textuais escritos, dando pouca importância aos gêneros orais. Esta concepção é defendida por Schneuwly e Dolz e Bronckart.
Quando foi feita esta abordagem, alguns professores se mostraram curiosos em entender o que são gêneros textuais orais. Conforme foram feitas as  leituras, discussões e oficina dos gêneros, os professores se mostraram mais confiantes e tranquilos frente a temática estudada.
O caderno apresentou os direitos de aprendizagem de Ciências e Geografia. Mais uma vez, o estudo destes direitos ficou prejudicado, visto a otimização do tempo para a formação ser pequena.



Diferenciar gêneros de tipos textuais foi outra necessidade percebida no formação, visto muitos profissionais da educação confundi-los. Logo no início da formação foi propiciado esta sistematização e muitos professores se mostraram surpresos no momento da oficina, pois tinham se equivocado.
Para maior sistematização da temática, foi disponibilizado tempo na formação para que os professores planejassem aulas a partir de um gênero textual. Vários planos foram realizados e trabalhos belíssimos se constituíram nas salas de aula.
Pode-se destacar algumas aulas realizadas em escolas diferentes. A Escola Municipal Quininha de Melo desenvolveu aulas partindo do gênero parlenda. A professora escreveu o texto no papel madeira que permaneceu na sala durante a semana. Deste texto, além de explorar a leitura e interpretação, foi trabalhado a produção textual. De acordo relato das professoras, o trabalho ficou mais coeso.
A Escola Municipal Deputado Juarez de Souza desenvolveu aulas com o gênero lenda e receita. Ao longo da semana foi trabalhado o gênero lenda, com leitura, interpretação e análise linguística. No percurso, foi apresentado aos alunos o gênero convite. A partir da análise do mesmo, e que foi amplamente explorado pelas professoras, os alunos tiveram que criar o seu. O trabalho ficou bem dinâmico, pois os alunos tiveram a oportunidade de estudar dois gêneros textuais distintos.








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