sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
sexta-feira, 10 de setembro de 2021
sábado, 14 de janeiro de 2017
Mais um ano letivo a começar...
O início do ano letivo se aproxima e muitos
educadores cheios de dúvidas sobre a organização profissional e pedagógica para
as atividades que estão por vir.
É momento de acolhimento e orientação. É
importante trazer aos profissionais segurança e esperança de que tudo irá se
organizar.
Falamos tanto em acolher o aluno, mas e o
professor, o coordenador, o diretor?! Eles, como todos os outros profissionais
precisam ser acolhidos, se sentirem pertencentes.
Cuidemos das relações que estabelecemos, elas
precisam primar pelo respeito e confiança. Como podemos trabalhar com pessoas
que não confiamos? Que ambiente de trabalho queremos? Produtivo e de respeito? Ou
de medo e desconfiança?
Ambiente de trabalho hostil, se torna menos
produtivo. Mas um ambiente sem regras e limites, incorrerá no mesmo erro. Portanto,
o necessário é o equilíbrio, onde haja acolhimento, afetividade e limites
claros para evitar os excessos comportamentais.
Diante de uma situação difícil, opte sempre por
pensar “como Jesus faria diante desta situação” e tenha certeza que será a
melhor atitude a ser tomada. Às vezes o silêncio é importante, às vezes uma
postura mais firme, também. Mas procure ser coerente, sempre.
Com estes cuidados teremos um ambiente mais
favorável para o conhecimento que é a nossa principal ferramenta de trabalho. Conhecimento
é uma palavra que denota ideias positivas, engrandecedoras. Por isso,
ambientes que pensam em conhecimento, precisam primar por atitudes
engrandecedoras.
Cuidemos do que colocamos ou permitimos estar
dentro de nós. Os nossos sentimentos e pensamentos precisam ser monitorados
para não enaltecer tendências perversas que podem habitar em nossos corações e
mentes. E subjetivamente isto pode influenciar no nosso comportamento no
ambiente de trabalho.
Lembre-se: ser bom dá menos trabalho!
Seja bom e honesto sempre com as pessoas que convive. Mesmo aquela pessoa mais hostil, lhe oferte sua gentileza, sua presteza, leve-a ao constrangimento interior. Um dia, quem sabe, se dará conta que ser uma pessoa mais branda, mais acessível, tornará tudo mais simples e fácil na rotina intensa de um trabalho diário.
Sejamos felizes em nosso trabalho, mas acima de tudo, façamos aqueles que estão conosco na jornada profissional, felizes!!!
Muita paz para todos. Que os nossos corações possam se encher de bons sentimentos!
Ananda Lima
ananda.nandinha@hotmail.com
(77) 9-9998-3406
domingo, 4 de dezembro de 2016
Sete dicas para fechar o ano letivo
O final do ano se aproxima e com ele vêm as tão aguardadas férias. Mas, para poder aproveitar ao máximo os momentos de descanso e lazer, recarregar as baterias e se preparar para o novo ciclo que virá, é importante encerrar o ano livre de pendências e com o sentimento de dever cumprido. Sugerimos a seguir sete dicas para você fechar o ano em paz em relação ao ambiente escolar, ao trabalho pedagógico e na dimensão pessoal.
A primeira atitude a se tomar é organizar todos os materiais de trabalho. Verifique se você está em dia com as documentações a serem entregues para a direção da escola, como os diários de classe e outros relatórios que tenham sido solicitados.
Desapegue da papelada: reserve ao menos um período para fazer a limpeza de armários e gavetas, analisando com cuidado o que dá para ser aproveitado e o que pode ser descartado. Ao mesmo tempo em que se livra de um monte de material sem maior utilidade, você pode fazer alguns "achados" úteis para o ano seguinte.
Esse pode ser ainda um bom momento para organizar e atualizar os registros das atividades realizadas. Esses materiais dão uma visão geral sobre tudo o que foi trabalhado e abrem as portas para a nova etapa que vem a seguir.
Em todas as esferas de nossa vida esse é um bom momento para fazermos a avaliação do ciclo que se encerra e traçarmos os objetivos para o novo ciclo que se inicia. As promessas de fim de ano que o digam! E na escola não é diferente. "O professor deve fazer uma autoavaliação, individual e em grupo, para já ter em mente o que deu certo e o que precisa ser melhorado no ano seguinte", diz Maura Barbosa, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac) e consultora da revista GESTÃO ESCOLAR. É importante analisar, por exemplo, quais foram os conteúdos mais bem trabalhados e as estratégias usadas, quais são os pontos que precisam ser melhorados, como foi o aproveitamento dos alunos e em que áreas você deve investir em atualização ou formação. Vale a pena fazer uma lista com todas essas informações para balizar o trabalho do ano seguinte.
E se você já sabe para quais turmas irá lecionar no próximo ano letivo, uma boa dica é deixar algumas ideias anotadas sobre os conteúdos a serem trabalhados e como fazê-lo, com indicações para atualização de atividades e sequências didáticas. Assim, ao iniciar o planejamento no começo do ano, você já terá um bom ponto de partida.
Tão importante quanto lidar com as questões objetivas é fazer uma análise pessoal das experiências vividas. Mas sem culpa ou cobranças, pois é tempo de curtir o que foi conquistado e revalidar metas e objetivos. "Esse é o momento de ressiginificar os acontecimentos do ano, mas sem tentar resolver o que ficou para trás. Avalie o que você queria e o que ainda quer conquistar, porque, às vezes, os planos mudam. O principal é se sentir bem com o que você viveu", destaca Denise Pará Diniz, coordenadora do Núcleo de Gerenciamento de Estresse e Qualidade de Vida da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
E aí o negócio é descansar do jeito que achar melhor, de preferência buscando algo que saia da rotina. Planeje fazer coisas que te deem prazer, como viajar, ficar com os amigos e a família ou apenas dormir. Nada de pensar em trabalho, pois é hora de se dedicar plenamente ao ócio. Afinal, você merece!
Fonte:
http://acervo.novaescola.org.br/formacao/especial-ferias-pronto-ferias-762515.shtml
terça-feira, 8 de novembro de 2016
BRINCANDO DE TABUADA
A oficina tem por objetivo desmistificar a ideia de memorização
aliada a tabuada, pretendendo demonstrar através de atividades envolventes e
lúdicas que para aprender tabuada não é preciso decorar, mas aprender de
forma contextualizada e divertida. Para tanto nos propomos a desenvolver para
os alunos do terceiro e quarto anos do Ensino Fundamental uma gincana de equipes, onde os
alunos precisarão operar multiplicação juntamente com seu grupo desenvolvendo a
coletividade, o raciocínio lógico e a cognição por meio do jogo.
Série: 3º e 4º Ano
Carga horária: 10
horas/aula ( 2 dias)
Pré-requisito: Para
realização destas atividades, os alunos deverão ter conhecimentos de:
- Operações de adição;
- Noções básicas de multiplicação;
- Raciocínio lógico-matemático.
Objetivos Específico:
- Estimular os alunos a usarem cálculos para solucionar problemas cotidianos.
- Realizar atividades lúdicas e diferenciadas, como o jogo de dominó, caça ao tesouro, entre outras.
- Trabalhar questões do cotidiano dos alunos onde eles precisem usar a tabuada com o intuito de despertar neles a busca das respostas;
- Incentivar o aluno a interpretar e resolver cálculos mentais de multiplicação.
A
oficina será realizada por meio de uma gincana matemática de grupos de 5 alunos
cada.
1ª Atividade:
Formação dos grupos
Dinâmica dos grupos. A
professora deverá ir dando comandos de números, para que os alunos possam se
agrupar em grupos conforme o numero de integrantes que a professora sugerir. Ex. "Grupos de 4", após a formação, se ficar alunos de fora vai se sentando nas cadeiras ja agrupadas anteriormente. A
cada grupo formado, pelo menos 1 aluno irá ficar sozinho, dessa forma os alunos
que forem sobrando vão se agrupando em grupos de 5 pessoas cada.
2ª Atividade: Jogo das argolas
Como
pré-requisito para o trabalho com a multiplicação, realizaremos este jogo, cujo
objetivo é identificar se os grupos estão aptos para a sequência de atividades
propostas. Neste jogo, os jogadores irão treinar seus conhecimentos de adição.
Para realização deste jogo, serão organizadas algumas garrafas PET com
operações de adição, sem as resoluções. A dinâmica do jogo é: escolher um
representante de cada grupo o qual deverá lançar a argola na garrafa e
responder a operação manuseando material concreto para todos verem.
3ª Atividade:
Jogo dos dados
Neste
jogo, serão dispostos 2 dados gigantes, os quais serão lançados pelas
orientadoras, o objetivo é que os grupos multipliquem as faces dos dados e a
primeira equipe que estourar a bexiga, responderá a questão. Para este jogo,
deverá ser escolhido um representante que realizará a prova.
4ª Atividade:
Usando a tabuada no dia-a-dia [vale 50 pontos]
Esta
prova será uma avaliação diagnostica para saber até onde os alunos tem
conhecimento de multiplicação, que consiste em situações cotidianas onde os
alunos precisem usar o raciocínio e a multiplicação para solucionar. A cada
situação respondida corretamente, o grupo será marcado em um quadro de
pontuação. (Autódromo)
5ª Atividade: Desafio legal [vale 50
pontos]
Jogo do dominó. O dominó deverá conter, ao invés de pontinhos operações que deverão ser completadas a cada peça colocada. A
equipe que finalizar o jogo de dominó com operações de multiplicação primeiro,
vence a prova.
Modelo do dominó para imprimir
6ª Atividade:
Tabuada é uma arte! [Vale 100 pontos]
Os
alunos terão a missão de criar uma paródia e cantar juntos, em suas equipes, a musica que criaram
da tabuada.
7ª Atividade: Caça ao tesouro [vale
100 pontos]
As
pistas serão problemas matemáticos e a cada acerto encontrarão a próxima pista.
No fim os alunos acharão um baú com medalhas para todos os que participaram da
gincana.
http://pedagogiadecadadia.blogspot.com.br/2013/02/oficina-brincando-de-tabuada.html
Um novo jeito de ensinar a tabuada
Um conjunto de multiplicações básicas - de 1 x 1 a 10 x 10 - e seus resultados. A tabuada é a mesma do tempo em que você era aluno e, provavelmente, tinha de decorá-la. O conteúdo era tão valorizado que as listas de multiplicações apareciam estampadas nos lápis e na contracapa dos cadernos. Mesmo assim, na hora de usar esse conhecimento, muitas vezes os valores sumiam da memória, não é mesmo? Prova de que as práticas tão consolidadas de memorização pela repetição não são eficazes. Mas hoje em dia ainda faz sentido exigir que os alunos saibam os produtos de cor? Existem maneiras de levá-los realmente a aprender a tabuada? A resposta para as duas questões é sim.
"Ter a tabuada na ponta da língua libera o aluno para se preocupar com outros desafios do problema", afirma Leika Watabe, formadora de professores da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. No entanto, antes de decorá-la, ele deve compreendê-la por meio de atividades que mostrem a relação entre os números e as propriedades da multiplicação, como a proporcionalidade e a comutatividade - sem que para isso seja necessário apresentar a definição delas. Se 6 é o dobro de 3, todos os resultados da tabuada do 6 são o dobro dos resultados da do 3. Caso não se lembre que 8 x 4 = 32, a criança pode buscar na memória o resultado de 4 x 8, que parece mais simples e é o mesmo. Outra conclusão a que ela pode chegar: se 7 x 10 = 70, para saber quanto é 7 x 9, basta subtrair 7 desse resultado para chegar a 63. "Tudo passa a fazer sentido e fica fácil decorar", completa.
Uma boa aliada na hora de elaborar essas análises é a tabela pitagórica (também chamada de tábua e tabela da multiplicação). Ela é um quadro de dupla entrada em que são registrados os resultados das multiplicações, de 1 x 1 a 10 x 10 - o número da linha deve ser multiplicado pelo da coluna e, no espaço correspondente ao encontro das duas, registrado o produto do cálculo. Isso facilita uma visão geral dos resultados, o que é uma vantagem sobre as tabuadas organizadas em listas - em que aparece a multiplicação do 1 ao lado da do 2 até a do 10. Propostas de trabalho feitas com base na tabela possibilitam estabelecer diversas relações, já que todos os produtos das multiplicações básicas estão ali (leia exemplos nos quadrinhos).
Há várias atividades a serem propostas com o uso da tabela - que serve, inclusive, de material de diagnóstico dos estudantes. Compreendido seu funcionamento, eles podem, por exemplo, preencher somente as tabuadas do 5 e do 10 para verificar que os resultados da primeira correspondem à metade dos resultados da segunda. Em seguida, escrever as do 2 e do 3 e concluir que a soma dos produtos corresponde aos resultados da do 5. Dessa forma, a turma pode tirar diversas conclusões e ir memorizando os valores ou encontrá-los com facilidade. Só depois de um trabalho sistemático é adequado afixar a tabela em sala de aula para ser consultada sempre que necessário.
A proporção na relação entre os números
Numa tabuada, os números são organizados de uma maneira uniforme e sistemática. O resultado de 7 x 1, por exemplo, é menor que o de 7 x 2, que é menor que o de 7 x 3, e os valores aumentam de 7 em 7. Isso se repete na tabuada do 3, que varia de 3 em 3, na do 4, de 4 em 4 etc. Essa ideia se refere a uma importante propriedade da multiplicação: a proporcionalidade. Assim, quando aumenta um fator, cresce na mesma proporção o resultado da multiplicação por ele, explica Andréia Silva Brito, professora da EMEF Carlos Drummond de Andrade, em Presidente Médici, a 412 quilômetros de Porto Velho. "Quando uma grandeza dobra e a outra também dobra, quando uma triplica e a outra triplica, temos uma proporcionalidade direta." Sem observar essa regularidade, não se entende a tabuada. "A consciência de que existe um aumento proporcional é a base da compreensão da tabela pitagórica", diz Cleusa Capelossi Reis, formadora de professores de Matemática da rede municipal de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
Desde os primeiros anos do Ensino Fundamental, é importante propor às crianças problemas que envolvam essa propriedade mesmo quando ainda não aprenderam o algoritmo da multiplicação. Questões do tipo "Se 1 caderno custa 3 reais, quanto custam 4 cadernos?" suscitam o uso de estratégias variadas. Desenhos podem representar cada uma das unidades do problema (nesse caso, os cadernos e os reais) e a adição sucessiva substitui a multiplicação: em vez de escrever 3 x 4, é possível escrever 3 + 3 + 3 + 3.
Esses procedimentos são muito úteis e representam uma valiosa introdução à proporcionalidade. Porém, ressalta Leika, devem ser vistos como as primeiras estratégias, e não as únicas. Isso porque são lentas e imprecisas (leia nos quadrinhos um problema com diferentes resoluções). "Cabe ao professor propor desafios em que os estudantes precisem encontrar maneiras mais rápidas e precisas de resolução e criar oportunidades para que compartilhem estratégias." Por exemplo: "Uma loja vende caixas de lápis de cor com 12 unidades cada uma. Quantos lápis existem em 5 caixas? E em 6?" Atividades desse tipo - em que se preenchem tabelas de proporcionalidade - são importantes porque permitem relacionar os valores de duas grandezas e saber que, quanto maior uma delas (no exemplo anterior, caixas), maior a outra (lápis), seguindo uma mesma variação (no caso, 12).
Compreendidas as relações entre os números da tabuada, a simples decoreba dos produtos passa a ser desnecessária. A cultura do ensino da multiplicação manda que se apresente primeiro a tabuada do 1 e depois a do 2, seguindo a ordem do menor para o maior, sem levar em conta, por exemplo, que a do 10 é mais fácil que a do 6. "Se a criança aprender simultaneamente a do 2 e a do 4, vai perceber a relação entre elas, o que ajuda a construir o conhecimento sobre ambas", explica Priscila Monteiro, consultora pedagógica da Fundação Victor Civita (FVC).
Explorar as relações entre os dobros, os triplos e os quádruplos na tabela é essencial. Por exemplo: os produtos da coluna do 8 são o dobro dos que compõem a do 4 e quatro vezes os da tabuada do 2. Por isso, multiplicar por 8 equivale a multiplicar por 4 e depois por 2. Da mesma forma, os valores da coluna do 9 correspondem ao triplo dos da coluna do 3. Esse conhecimento é útil no momento de fazer os cálculos envolvidos num problema. Se o estudante não lembra quanto é 4 x 9, mas sabe que 4 é o dobro de 2, basta resolver primeiro 2 x 9 para depois multiplicar o resultado novamente por 2. "Esse conhecimento é importante para ele recalcular as tabuadas desconhecidas com base nas que já sabe, sem precisar ter todas decoradas", explica Cleusa.
É preciso decorar apenas meia tabela
Outra propriedade da multiplicação interessante para a compreensão da tabuada é a comutatividade. Ela indica que a ordem dos fatores não altera o produto, como em 8 x 4 e em 4 x 8. Com isso, quem não conhece o resultado da primeira operação, mas sabe o da segunda, consegue resolver a questão. Apoiado nessa propriedade, basta memorizar a metade dos produtos da tabela pitagórica para saber o restante dela. Isso porque os resultados se repetem a partir de um eixo de simetria na diagonal central do quadro, em que são registrados os produtos de algarismos iguais (veja nos quadrinhos uma atividade em que essa simetria é analisada). Tanto acima como abaixo da diagonal aparece o número 32, resultado do 8 x 4 e do 4 x 8. Análises como essas podem ser uma referência para resolver questões similares e colocar em jogo as relações numéricas, ressalta o argentino Horacio Itzcovich no livro La Matemática Escolar.
Cleusa lembra que essa é uma estratégia a ser colocada em prática no momento de solucionar um desafio, e não apenas mostrada como uma curiosidade. O material de formação dos professores de Matemática elaborado pelo Núcleo de Aprendizagens Prioritárias, da Argentina, também ressalta essa questão: "Não se aprendem as propriedades desconectadas de seu uso. Elas se constituem como ferramentas que nos permitem justificar e compreender procedimentos de cálculo". Para trabalhar o assunto, proponha que as crianças resolvam alguns cálculos, como:
2 x 4 4 x 2
3 x 2 2 x 3
5 x 3 3 x 5
Em seguida, peça que analisem e comparem os resultados da primeira e da segunda coluna e digam o que observaram. Elas devem concluir que os resultados se repetem. Indague por que elas acham que isso acontece e se sempre é assim. Desafie a turma a propor outras multiplicações e experimentar inverter a ordem dos números. Libere o uso da calculadora para que possam confirmar o produto dos cálculos mais rapidamente e constatar a regularidade.
As regularidades menos evidentes
Você deve deixar claro que o resultado de uma multiplicação pode ser obtido por meio de outra. Ter isso em mente é essencial para reforçar que não é necessário decorar a tabuada mecanicamente, mas construir diferentes recursos de cálculo aproveitando o que já se conhece. A análise dessas relações se torna mais eficaz com muita discussão e um olhar atento para averiguar regularidades. A tabela pitagórica é um excelente recurso também para isso, já que organiza os produtos da multiplicação e os dispõe juntos. As primeiras conclusões a que os alunos geralmente chegam ao se debruçar sobre ela são:- Todo número multiplicado por 10 termina em 0.
- Todo número multiplicado por 5 termina em 5 ou 0.
- Todo número multiplicado por 1 tem como resultado ele mesmo.
O registro dessas conclusões é um ótimo começo de conversa para você lançar outros questionamentos e para os estudantes notarem que a multiplicação de qualquer número por um par sempre resulta num par. Outras regularidades, menos evidentes, também são importantes: a soma dos números multiplicados por 2 e 5 está na coluna do 7, assim como a soma dos multiplicados por 3 e 4. Essa relação se baseia nas propriedades associativa e distributiva da multiplicação. Matematicamente, 7 x 6 pode ter esta representação:
(3 x 6) + (4 x 6)
18 + 24 = 42
No livro Investigações Matemáticas na Sala de Aula, o educador português João Pedro da Ponte defende que tarefas desse tipo, mais do que servirem para iniciar os alunos nas atividades de investigação, permitem desenvolver conhecimentos importantes acerca dos números, como os relacionados ao estudo dos múltiplos e aos critérios de divisibilidade. Ele afirma que a tabuada do 5 pode levar os alunos a observar que um número divisível por 5 termina com 0 ou 5. Com essas tarefas, é possível explorar várias relações. Por exemplo: será que todo número vezes 3 é ímpar? E quando é multiplicado por 6? Sempre que é preciso multiplicar por 10, basta acrescentar um 0 após o número? Por que um número vezes 1 é igual a ele mesmo?
Embora seja curioso encontrar respostas para esses questionamentos, a atividade não deve se esgotar nela mesma. É importante que o raciocínio seja novamente retomado na resolução de problemas para que aquilo que se confirmou como regra seja aplicado em outras situações (veja nos quadrinhos como os alunos utilizam essas estratégias). Ter em mente essas regularidades ajuda a checar se os resultados dos cálculos estão corretos. Sabendo, por exemplo, que o produto de uma multiplicação por 2 não pode ser ímpar, os alunos buscam outras estratégias para encontrar a resposta certa. Muitas vezes, eles aproveitam as tabuadas que consideram mais simples para resolver as mais complexas. "Quando os estudantes constroem uma rede de relações entre os números, eles conseguem compreender a tabuada e decorar os resultados da multiplicação com mais facilidade", afirma Priscila Monteiro.
Hora de sistematizar o conhecimento
Depois de pensar nas melhores estratégias para chegar aos resultados das diversas atividades propostas, os estudantes aumentam progressivamente a quantidade de produtos decorados e conseguem encontrar mais facilmente aqueles que não sabem. Esse avanço é ainda maior quando o professor propõe que troquem dicas com os colegas e faz sistematizações regularmente, organizando o conhecimento coletivo. Um meio de promover a socialização das informações é sugerir que os alunos registrem as tabuadas que consideram difíceis e, e em seguida, digam aos colegas as estratégias utilizadas para descobrir os resultados delas. Um pode resolver 5 x 7 dividindo 70 (o resultado de 10 x 7) por 2, enquanto outro acha mais fácil somar 2 x 7 e 3 x 7. Nesse momento de troca, é válido reforçar que não existe uma só maneira de resolver o cálculo e que cabe a cada um optar pelo mais conveniente. O compartilhamento pode ser feito oralmente para toda a sala, com o posterior registro, por escrito e repassado a todos e, ainda, em duplas. As estratégias de uma criança são valiosas para as demais e, por isso, devem ser anotadas para que sirvam como material de estudo.
Já a sistematização do conteúdo é uma ação do educador e deve ser feita durante todo o processo. Sobre isso, Itzcovich indica em seu livro: "As crianças resolvem problemas de maneira intuitiva, e é essencial que o professor reconheça os procedimentos como válidos. Assim, o aluno sabe que o que foi útil para uma resolução pode ser generalizado a outras situações". Uma anotação sobre a comutatividade é um exemplo: "Descobrimos que, se a ordem dos números muda, o resultado é o mesmo". Conclusões desse tipo podem ser escritas coletivamente. Cada um colabora com o que sabe e todos definem a melhor forma de dizer o que foi aprendido. Os registros devem ser colocados nos cadernos e à vista de toda a turma para servir de material de consulta. A intenção deve ser ampliar o repertório de produtos memorizados pelos estudantes para que eles tenham autonomia para resolver problemas.
Os erros mais comuns
Ensinar uma tabuada de cada vez. É preciso trabalhá-las ao mesmo tempo para que os alunos possam relacioná-las.
Usar músicas para tornar a aula divertida. As atividades devem ser desafiadoras para os alunos entenderem a tabuada.
Tomar a tabuada. A memorização dela é importante, mas quando colocada em uso para resolver problemas.
Ignorar a importância da memorização. Decorar agiliza os cálculos e permite que o aluno se preocupe com outros desafios.
Não orientar os estudos sobre o conteúdo. Lições de casa ou atividades individuais devem ser dirigidas e incluir a reflexão sobre as multiplicações.
Usar músicas para tornar a aula divertida. As atividades devem ser desafiadoras para os alunos entenderem a tabuada.
Tomar a tabuada. A memorização dela é importante, mas quando colocada em uso para resolver problemas.
Ignorar a importância da memorização. Decorar agiliza os cálculos e permite que o aluno se preocupe com outros desafios.
Não orientar os estudos sobre o conteúdo. Lições de casa ou atividades individuais devem ser dirigidas e incluir a reflexão sobre as multiplicações.
http://novaescola.org.br/conteudo/162/novo-jeito-ensinar-tabuada
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