Todo professor de Geografia sabe da importância da
utilização dos mapas em suas aulas. Afinal, se o aluno não sabe ler um
mapa, ou seja, se ele apresenta problemas de analfabetismo cartográfico, seu desempenho em diversos assuntos da Geografia – e também de outras disciplinas, como a História – ficará comprometido.
Por esse motivo, é de vital importância que o (a)
professor (a) de Geografia desenvolva uma metodologia para o ensino de
Cartografia em sala de aula, visando, principalmente, à melhoria por
parte dos alunos no processo de leitura e compreensão de cartas e mapas
temáticos.
A seguir, apresentaremos algumas sugestões, que não
devem ser necessariamente seguidas à risca, como um “camisa de força”,
mas como uma orientação básica a ser avaliada pelo educador no sentido
de adequar tais procedimentos ao seu contexto escolar.
1ª sugestão – Começar a partir da vivência do aluno
A história da Cartografia é muito importante, da
mesma forma que é importante a sua compreensão. No entanto, começar com
esse foco pode ser prejudicial, pois deixa os alunos, de certa forma,
sem conexão com a realidade e, consequentemente, com um menor interesse.
Nesse sentido, é mais satisfatório que o professor parta da vivência do
aluno, através de atividades que envolvam a representação gráfica da sala de aula, da escola ou do caminho do aluno entre a sua casa e o colégio.
Quando o aluno observa a sua realidade, ou seja, o
seu espaço, e passa a representá-la, (mesmo que ainda sem os devidos
conhecimentos cartográficos), ele entende a importância dos mapas para a
sua realidade. O desenvolvimento de atividades desse tipo pode ser
bastante oportuno.
2ª sugestão – Conhecer os elementos fundamentais dos mapas
Para uma correta alfabetização cartográfica, é
adequado o conhecimento dos seus principais fundamentos, a saber: o
título, a escala, a orientação, a legenda e as projeções cartográficas.
Todos esses itens precisam ser trabalhados um a um, com realização de
atividades e sanação de dúvidas.
3ª sugestão – não existe leitura sem o texto!
Quando alfabetizados, vamos aprimorando nossa
capacidade de leitura ao longo do tempo, e isso acontece à medida que
lemos novos textos e entendemos o sentido deles. Com a cartografia, não é
diferente. Por isso, para a melhoria da leitura dos mapas, incluindo a
compreensão dos conceitos fundamentais acima mencionados, é importante
que os alunos pratiquem os conhecimentos, lendo determinados mapas,
interpretando-os e conhecendo a mensagem que eles passam.
Por isso, é importante que o professor utilize alguns
mapas temáticos e “destrinche-os” em sala de aula. Podem ser utilizados
os mapas existentes no próprio livro didático, em capítulos sobre a
economia, urbanização, população, relevo e outros temas, ou até mesmo
outros mapas disponibilizados na internet. Assim, à medida que os alunos
vão lendo os mapas e as suas informações, mais “craques” eles vão
ficando na leitura cartográfica.
4ª sugestão – retomada constante
Podemos dizer que a cartografia é um tema transversal
da Geografia, ou seja, ela está presente em inúmeros outros assuntos
que o professor dessa disciplina trabalha em sala de aula. Por esse
motivo, sempre que o professor utilizar um mapa, ele pode (e deve)
retomar alguns conceitos da Geografia.
Portanto, para que os alunos continuem em um bom
nível de alfabetização cartográfica, é necessário sempre praticar.
Aquele professor que, ao concluir as aulas de Cartografia, simplesmente
resolve “esquecer” o tema, nunca mais tocando no assunto com os alunos,
pode cometer um grave erro.
Além de todas essas sugestões, como já frisamos, vale
a experiência do professor e a adequação de tais direcionamentos à sua
realidade. Outra necessidade é a de sempre inovar, no sentido de
melhorar as aulas constantemente. Atualmente, além de práticas lúdicas, o
professor tem a opção de empregar mapas on-line nas aulas de cartografia, bem como uma infinidade de outras metodologias.
Por Me. Rodolfo Alves Pena
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