terça-feira, 8 de novembro de 2016

A utilização de mapas no ensino de Geografia

Todo professor de Geografia sabe da importância da utilização dos mapas em suas aulas. Afinal, se o aluno não sabe ler um mapa, ou seja, se ele apresenta problemas de analfabetismo cartográfico, seu desempenho em diversos assuntos da Geografia – e também de outras disciplinas, como a História – ficará comprometido.
Por esse motivo, é de vital importância que o (a) professor (a) de Geografia desenvolva uma metodologia para o ensino de Cartografia em sala de aula, visando, principalmente, à melhoria por parte dos alunos no processo de leitura e compreensão de cartas e mapas temáticos.
A seguir, apresentaremos algumas sugestões, que não devem ser necessariamente seguidas à risca, como um “camisa de força”, mas como uma orientação básica a ser avaliada pelo educador no sentido de adequar tais procedimentos ao seu contexto escolar.

1ª sugestão – Começar a partir da vivência do aluno
A história da Cartografia é muito importante, da mesma forma que é importante a sua compreensão. No entanto, começar com esse foco pode ser prejudicial, pois deixa os alunos, de certa forma, sem conexão com a realidade e, consequentemente, com um menor interesse. Nesse sentido, é mais satisfatório que o professor parta da vivência do aluno, através de atividades que envolvam a representação gráfica da sala de aula, da escola ou do caminho do aluno entre a sua casa e o colégio.
Quando o aluno observa a sua realidade, ou seja, o seu espaço, e passa a representá-la, (mesmo que ainda sem os devidos conhecimentos cartográficos), ele entende a importância dos mapas para a sua realidade. O desenvolvimento de atividades desse tipo pode ser bastante oportuno.

2ª sugestão – Conhecer os elementos fundamentais dos mapas
Para uma correta alfabetização cartográfica, é adequado o conhecimento dos seus principais fundamentos, a saber: o título, a escala, a orientação, a legenda e as projeções cartográficas. Todos esses itens precisam ser trabalhados um a um, com realização de atividades e sanação de dúvidas.

3ª sugestão – não existe leitura sem o texto!
Quando alfabetizados, vamos aprimorando nossa capacidade de leitura ao longo do tempo, e isso acontece à medida que lemos novos textos e entendemos o sentido deles. Com a cartografia, não é diferente. Por isso, para a melhoria da leitura dos mapas, incluindo a compreensão dos conceitos fundamentais acima mencionados, é importante que os alunos pratiquem os conhecimentos, lendo determinados mapas, interpretando-os e conhecendo a mensagem que eles passam.
Por isso, é importante que o professor utilize alguns mapas temáticos e “destrinche-os” em sala de aula. Podem ser utilizados os mapas existentes no próprio livro didático, em capítulos sobre a economia, urbanização, população, relevo e outros temas, ou até mesmo outros mapas disponibilizados na internet. Assim, à medida que os alunos vão lendo os mapas e as suas informações, mais “craques” eles vão ficando na leitura cartográfica.

4ª sugestão – retomada constante
Podemos dizer que a cartografia é um tema transversal da Geografia, ou seja, ela está presente em inúmeros outros assuntos que o professor dessa disciplina trabalha em sala de aula. Por esse motivo, sempre que o professor utilizar um mapa, ele pode (e deve) retomar alguns conceitos da Geografia.
Portanto, para que os alunos continuem em um bom nível de alfabetização cartográfica, é necessário sempre praticar. Aquele professor que, ao concluir as aulas de Cartografia, simplesmente resolve “esquecer” o tema, nunca mais tocando no assunto com os alunos, pode cometer um grave erro.
Além de todas essas sugestões, como já frisamos, vale a experiência do professor e a adequação de tais direcionamentos à sua realidade. Outra necessidade é a de sempre inovar, no sentido de melhorar as aulas constantemente. Atualmente, além de práticas lúdicas, o professor tem a opção de empregar mapas on-line nas aulas de cartografia, bem como uma infinidade de outras metodologias.

Por Me. Rodolfo Alves Pena

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