sábado, 11 de janeiro de 2014

Progressão escolar e avaliação: o registro e a garantia de continuidade das aprendizagens no ciclo de alfabetização



A avaliação é um grande desafio a ser superada pelas escolas. Mensurar o conhecimento, o entendimento de uma pessoa sobre algo, é muito subjetivo. Elaborar instrumentos, criar parâmetros, são alternativas criadas para minimizar possíveis injustiças do processo avaliativo, mas ainda assim, não garante a plena transparência, visto ter grande dependência da postura ética e profissional do professor.
Quando pensamos em avaliação no ciclo de alfabetização, mais complexo se torna a compreensão sobre o tema, pois muitos educadores nem compreendem como realmente se organiza o ciclo, muitos acham que basta garantir a não repetência dos alunos. Quando na verdade o ciclo se configura de maneira mais ampla e específica ao mesmo tempo. Ampla no aspecto de que a criança tem realmente três anos para estar plenamente alfabetizado; e específico porque cada ano de escolaridade tem as competências e habilidades a serem alcançados, os direitos de aprendizagens discutidos ao longo da formação. E neste contexto, o aluno precisa ser avaliado.
Mas que instrumento utilizar? Qual instrumento seria mais justo com os alunos que ainda estão se apropriando do sistema de escrita, da leitura fluente e autônoma?
O caderno de estudo VIII, propõe que o registro seja o instrumento mais fidedigno a ser utilizado pelo professor alfabetizador. Evidentemente, que o professor não precisa necessariamente utilizar apenas este instrumento, mas que ele se faça presente em todo o percurso do ciclo de alfabetização.
Os textos do caderno foram escritos por Magna do Carmo Silva Cruz e Eliana Borges Correia de Albuquerque, que trazem discussão sobre a progressão escolar no ciclo de alfabetização e o registro das situações de ensino e de aprendizagem.
Discutir avaliação com professores, sem dúvida é um tema polêmico, visto cada um ter sua concepção constituída por práticas em sala de aula, vivencias do período escolar e estudos anteriores.
Com o avanço das discussões, as inferências realizadas por colegas e a Orientadora de Estudo, percebeu-se maior tranquilidade de como proceder na sala de aula. É importante destacar, que a existência dos dossiês, documento utilizado em Barreiras para consolidar o ano letivo além  dos   diários, é    motivo  de   crítica e complicador para o desenvolvimento do trabalho dos professores. Estas criticas, surgem em razão da demora no recebimento do documento que é minucioso o preenchimento, além de impossibilitar a flexibilidade quanto aos conteúdos trabalhados, conforme a afirmação de alguns educadores.
O encontro de formação ocorreu sob emoção, tendo em vista ser o último momento de estudo coletivo deste ano. Alguns professores voltaram a fazer depoimentos sobre a relevância do programa para sua prática como educador, frisaram que o PNAIC ressignificou sua postura, despertando-os para ações simples do cotidiano escolar.
Realmente o PNAIC ampliou o olhar de todos sobre a educação, especialmente sobre a alfabetização. Propiciou momentos de resgates e de desprendimento para o novo, para o diferente.



 



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