A avaliação é
um grande desafio a ser superada pelas escolas. Mensurar o conhecimento, o
entendimento de uma pessoa sobre algo, é muito subjetivo. Elaborar
instrumentos, criar parâmetros, são alternativas criadas para minimizar
possíveis injustiças do processo avaliativo, mas ainda assim, não garante a
plena transparência, visto ter grande dependência da postura ética e
profissional do professor.
Quando pensamos em
avaliação no ciclo de alfabetização, mais complexo se torna a compreensão sobre
o tema, pois muitos educadores nem compreendem como realmente se organiza o
ciclo, muitos acham que basta garantir a não repetência dos alunos. Quando na
verdade o ciclo se configura de maneira mais ampla e específica ao mesmo tempo.
Ampla no aspecto de que a criança tem realmente três anos para estar plenamente
alfabetizado; e específico porque cada ano de escolaridade tem as competências
e habilidades a serem alcançados, os direitos de aprendizagens discutidos ao
longo da formação. E neste contexto, o aluno precisa ser avaliado.
Mas que instrumento
utilizar? Qual instrumento seria mais justo com os alunos que ainda estão se
apropriando do sistema de escrita, da leitura fluente e autônoma?
O caderno de estudo VIII,
propõe que o registro seja o instrumento mais fidedigno a ser utilizado pelo
professor alfabetizador. Evidentemente, que o professor não precisa
necessariamente utilizar apenas este instrumento, mas que ele se faça presente
em todo o percurso do ciclo de alfabetização.
Os textos do caderno foram
escritos por Magna do Carmo Silva Cruz e Eliana Borges Correia de Albuquerque,
que trazem discussão sobre a progressão escolar no ciclo de alfabetização e o
registro das situações de ensino e de aprendizagem.
Discutir avaliação com
professores, sem dúvida é um tema polêmico, visto cada um ter sua concepção
constituída por práticas em sala de aula, vivencias do período escolar e
estudos anteriores.
Com o avanço das
discussões, as inferências realizadas por colegas e a Orientadora de Estudo,
percebeu-se maior tranquilidade de como proceder na sala de aula. É importante
destacar, que a existência dos dossiês, documento utilizado em Barreiras para
consolidar o ano letivo além dos diários, é
motivo de crítica e complicador para o
desenvolvimento do trabalho dos professores. Estas criticas, surgem em razão da
demora no recebimento do documento que é minucioso o preenchimento, além de
impossibilitar a flexibilidade quanto aos conteúdos trabalhados, conforme a
afirmação de alguns educadores.
O encontro de formação
ocorreu sob emoção, tendo em vista ser o último momento de estudo coletivo
deste ano. Alguns professores voltaram a fazer depoimentos sobre a relevância
do programa para sua prática como educador, frisaram que o PNAIC ressignificou
sua postura, despertando-os para ações simples do cotidiano escolar.
Realmente o PNAIC ampliou
o olhar de todos sobre a educação, especialmente sobre a alfabetização.
Propiciou momentos de resgates e de desprendimento para o novo, para o
diferente.
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