Texto de Ananda Lima do curso de Atendimento Educacional Especializado pela Universidade Federal de Uberlândia
Em relação às mudanças ocorridas, ao longo da
história, no modo da sociedade compreender atender o indivíduo com deficiência
mental e a conceituação atual de deficiência mental
O texto tem
uma riqueza de informações, a abordagem histórica traz elucidações bastante
pertinentes acerca dos deficientes. Nos permite um pensar sobre a vida humana e
sua evolução, as relações estabelecidas na sociedade, e especialmente, o
deficiente mental, que como as demais deficiências é cercada de preconceitos.
No entanto, o grau de preconceito em relação à deficiência mental é maior em
relação às demais.
Me chama atenção a abordagem que o texto faz logo no inicio em relação a
deficiência mental, que esta deve ter vários aspectos a serem considerados,
como a complexidade cultural, científica, econômica, ética e moral que o
deficiente está imerso.
A relação que a sociedade estabelece com estes deficientes ao longo da história
é algo chocante, quando eles eram simplesmente eliminados como seres sem valor
algum ou quando passam a ter atendimento assistencialista, muitas vezes sendo
excluídos do convívio social e familiar.
A inteligência é algo que está ligado ao intelecto, à mente, possivelmente seja
esta a razão de que muitos pessoas se valem para afirmar que o deficiente
mental é um ser incapaz, que nada pode produzir.
Vimos no texto que estas pessoas podem criar outras alternativas, estimulando
outros aspectos do conhecimento, vivenciando assim a inteligência, que seria
uma ideia coerente, lógica. Distante do pensar de antigamente que consideravam
a inteligência algo sobrenatural, que as crianças já nasciam com inteligência
adulta... coisas absurdas que foram se criando ao longo dos tempos.
O deficiente mental na verdade foge aos padrões sociais, as ideias já
pré-existentes do que é certo ou errado. O homem por sua vez tem serias
dificuldades em lidar com o diferente, com o que foge ao padrão determinado,
sendo mais fácil excluí-los, isolando-os da vivência social.
O isolamento propiciava a estas pessoas com deficiência mental estarem mais
imersas na sua limitação, pois não eram estimuladas a vivenciarem outras
situações, pelo contrário, estavam mais e mais sendo limitadas.
Sabemos que as interações sociais nos propiciam construção de saberes,
formulação de hipóteses e ideias, o ser cresce muito com as interações que
estabelece ao longo da sua existência.
Ao questionar algumas professoras sua concepção acerca da inteligência e
deficiência mental chegamos à seguinte formulação: que a inteligência faz parte
do ser racional, organização e criatividade das ideias; a deficiência mental é
quando ocorre um déficit do raciocínio do ser.
Em relação às definições mais
importantes de deficiência mental.
Podemos ver que ao longo dos anos AAIDD
mudou a nomenclatura e forma de entender ou melhor dizendo, definindo o
deficiente mental. Observamos que o conceito foi sendo ampliado, tendo
olhares mais amplos sobre o DM, desconsiderando alguns conceitos, como
inatismo, passando considerar o interacionismo, papéis sociais, comportamento
adaptativo, habilidades intelectuais, contexto e social.
Dessa forma há uma ampliação na compreensão
do DM, procurando uma visão mais ampla acerca da deficiência e mais humana
também, visto as dificuldades em lidar com o DM ser mais complexa em virtude
dele fugir do que é considerado “normal” e a sociedade ter dificuldade de lidar
com aquilo que foge aos seus padrões.
Em relação ao papel da escola na promoção do desenvolvimento
do aluno com deficiência mental.
Acredito que a escola comum precisa se
apropriar melhor das especificidades que permeia as deficiências, incluindo o
DM para desenvolver um bom trabalho. Isto quer dizer investimento na formação
dos professores, para que possa se apropriar de outros saberes, ampliar a visão
do que é normal e anormal, mudar a estrutura das escolas, trazer realmente a
comunidade para dentro da escola entre outras ações.
A escola precisa achar o caminho de mediar
o saber com o aluno deficiente mental, de forma a garantir o êxito no processo
de ensino e aprendizagem.
Em relação ao atendimento educacional
especializado.
O professor que recebe um aluno DM tem que
proceder de forma criteriosa para atendê-lo devidamente, isto quer dizer ter um
olhar investigativo, perceber o aluno em si e nas interações no grupo, como
saber também como é a vivencia em casa e em outros ambientes.
Este diagnóstico é muito importante, pois o
professor poderá dimensionar suas ações e o campo de atuação. A relação família
x escola é imprescindível que haja maior confiança e compartilhamento de ideias
e posturas, pois é interesse de todos que o aluno cresça cognitivamente e no
processo de aprendizagem.
Receber um aluno de 11 anos que ainda não
está alfabetizado requer a busca de estratégias para introduzi-lo no
universo de leituras, seja de imagens ou textos. Partindo do diagnostico já
feito, o professor deve conduzir seu trabalho de forma que o aluno se aproprie
da leitura e escrita. É evidente que por questões cognitivas e até
comportamental, o aluno venha responder aos estímulos de forma diferente,
muitas vezes sendo mais lento do que o esperado ou sendo acelerado, o que não
pode é o professor fechar uma ideia, sendo que a mesma pode ser alterada no
percurso.
Alunos DM são sujeitos com plenas condições
de aprendizagens, os caminhos a serem percorridos é que requer cuidados,
atenção e modificações ocasionalmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário