O
caderno I foi escrito por Ana Lúcia Guedes-Pinto e Telma Ferraz Leal. Elas
trouxeram a discussão sobre o currículo no ciclo de avaliação, enfatizando a
relevância dos professores terem compromisso com a aprendizagem das crianças na
perspectiva da alfabetização e letramento até os oito anos de idade.
Salientaram
a avaliação diagnóstica como norte para o trabalho do professor, inclusive para
atender as diferenças em sala de aula, garantindo a inclusão de todos!
Os
textos vêm afirmar que é possível ser alfabetizado de forma prazerosa,
brincando, em interação, com trabalho solidário.
O
primeiro contato com os Professores Alfabetizadores foi muito bom, eles se
mostraram muito receptivos às discussões e temas abordados nos textos do
caderno I.
A sala
em que ocorre a formação foi organizada um dia antes para que
pudesse
propiciar um ambiente acolhedor e harmonizado para os cursistas.
Todos
os momentos do encontro foram pensados de forma que fosse garantido o estudo
teórico, mais a dinamização das atividades do dia.
Dos
estudos do dia, o que mais rendeu discussão foi os direitos de aprendizagem.
Quando foi oportunizado o estudo em grupo e iniciou a discussão, muitos
professores se mostraram surpresos com os direitos de cada ano. Eles
constataram que boa parte destes direitos não estão sendo garantidos nos anos
anteriores e que por esta razão tem salas tão heterogêneas, muitas sem aluno
algum em nível de 3º ano.
Analisando
cada direito no slide, foi possível compreender a especificidade de cada ano. A
orientação para lidar com a turma que tem hoje é garantir a alfabetização
destes alunos, para que possam avançar, seria assim, adequar o currículo,
torná-lo inclusivo, respeitando a realidade e as especificidades de cada
localidade, cada escola, cada sala de aula, de cada aluno. O currículo precisa
ter mobilidade, movimento, ele se constrói na vivencia, na prática.
Alguns
professores fizeram criticas ao currículo da rede, posto que o mesmo não é
flexível, principalmente quando se trata do dossiê, engessa o trabalho do
professor.
São
questões como estas que demonstra o quanto o currículo é importante para a
constituição do trabalho docente, e que devido tamanha relevância o mesmo deve
eminentemente nascer das necessidades das escolas, contemplando suas
realidades.
Ao
assistir o vídeo Vida Maria, alguns professores ficaram reflexivos, e quando
indagados sobre o que dizia o vídeo, fizeram explanações bem interessantes
acerca da constituição familiar há alguns anos, a cultura regionalistas, onde
essas Marias serviam apenas para cuidar da casa, dos filhos, do marido, sem
menção alguma à possibilidade de estudar.
Outros
dois vídeos foram assistidos, um sobre o que é letramento de Kate M. Chong, que
em forma de poema discorre sobre esta nova concepção de alfabetização.
O outro
vídeo, o que é ser alfabetizado e letrado, do programa Salto para o Futuro pode
ilustrar bem aos cursistas a dimensão da alfabetização e do letramento. Após os
vídeos foi feito uma ampla discussão, de forma que ao final o Professor
Alfabetizador pode compreender que letrar é levar o aluno ao uso social da
escrita e da leitura, quer dizer, perceber dentro da sua realidade a
significação e o emprego prático da leitura e da escrita.
O
primeiro encontro de formação do PNAIC constituiu um grupo, e a Orientadora de
Estudo como formadora, função esta extremamente importante e complexa,
considerando que o trabalho desenvolvido está voltado para os colegas de
profissão, além de ter a premissa de levá-los à reflexão e a mudança de
atitude, constituindo novos saberes, novas experiências!
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