sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Currículo Inclusivo: o direito a ser alfabetizado




Trazer a discussão do currículo como a primeira temática da formação foi interessante, visto ser um assunto bem controverso no interior das escolas.
O caderno I foi escrito por Ana Lúcia Guedes-Pinto e Telma Ferraz Leal. Elas trouxeram a discussão sobre o currículo no ciclo de avaliação, enfatizando a relevância dos professores terem compromisso com a aprendizagem das crianças na perspectiva da alfabetização e letramento até os oito anos de idade.
Salientaram a avaliação diagnóstica como norte para o trabalho do professor, inclusive para atender as diferenças em sala de aula, garantindo a inclusão de todos!
Os textos vêm afirmar que é possível ser alfabetizado de forma prazerosa, brincando, em interação, com trabalho solidário.
O primeiro contato com os Professores Alfabetizadores foi muito bom, eles se mostraram muito receptivos às discussões e temas abordados nos textos do caderno I.
A sala em que ocorre a formação foi organizada um dia antes para que

pudesse propiciar um ambiente acolhedor e harmonizado para os cursistas.
Todos os momentos do encontro foram pensados de forma que fosse garantido o estudo teórico, mais a dinamização das atividades do dia.
Dos estudos do dia, o que mais rendeu discussão foi os direitos de aprendizagem. Quando foi oportunizado o estudo em grupo e iniciou a discussão, muitos professores se mostraram surpresos com os direitos de cada ano. Eles constataram que boa parte destes direitos não estão sendo garantidos nos anos anteriores e que por esta razão tem salas tão heterogêneas, muitas sem aluno algum em nível de 3º ano.
Analisando cada direito no slide, foi possível compreender a especificidade de cada ano. A orientação para lidar com a turma que tem hoje é garantir a alfabetização destes alunos, para que possam avançar, seria assim, adequar o currículo, torná-lo inclusivo, respeitando a realidade e as especificidades de cada localidade, cada escola, cada sala de aula, de cada aluno. O currículo precisa ter mobilidade, movimento, ele se constrói na vivencia, na prática.
Alguns professores fizeram criticas ao currículo da rede, posto que o mesmo não é flexível, principalmente quando se trata do dossiê, engessa o trabalho do professor.
São questões como estas que demonstra o quanto o currículo é importante para a constituição do trabalho docente, e que devido tamanha relevância o mesmo deve eminentemente nascer das necessidades das escolas, contemplando suas realidades.
Ao assistir o vídeo Vida Maria, alguns professores ficaram reflexivos, e quando indagados sobre o que dizia o vídeo, fizeram explanações bem interessantes acerca da constituição familiar há alguns anos, a cultura regionalistas, onde essas Marias serviam apenas para cuidar da casa, dos filhos, do marido, sem menção alguma à possibilidade de estudar.
Outros dois vídeos foram assistidos, um sobre o que é letramento de Kate M. Chong, que em forma de poema discorre sobre esta nova concepção de alfabetização.

O outro vídeo, o que é ser alfabetizado e letrado, do programa Salto para o Futuro pode ilustrar bem aos cursistas a dimensão da alfabetização e do letramento. Após os vídeos foi feito uma ampla discussão, de forma que ao final o Professor Alfabetizador pode compreender que letrar é levar o aluno ao uso social da escrita e da leitura, quer dizer, perceber dentro da sua realidade a significação e o emprego prático da leitura e da escrita.
O primeiro encontro de formação do PNAIC constituiu um grupo, e a Orientadora de Estudo como formadora, função esta extremamente importante e complexa, considerando que o trabalho desenvolvido está voltado para os colegas de profissão, além de ter a premissa de levá-los à reflexão e a mudança de atitude, constituindo novos saberes, novas experiências!
 

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