• Selecionar –
Procurar dentro daquilo que se quer ensinar ou de acordo com o contexto
da aula que será dada; pesquisar até encontrar algo que toque o
contador de maneira especial. Se for uma história que já veio no
material, leia várias vezes buscando encontrar nela algo especial que
toque o contador, porque é só assim que ela será transmitida
autenticamente ao público.
• Recriar –
Não se deve pegar uma história e contá-la como vem escrita, é preciso
passá-la para a linguagem oral. Saiba contar a história e não apenas
decorá-la.
• Ensaiar–
não se deve repetir nem exagerar nos gestos e movimentos. A voz deve
ser aquecida para garantir um tom adequado; O olhar deve ser dirigido
para todos os lados e para todos os ouvintes; Corrigir os vícios de
linguagem, tais como: então, né, daí e outros.
• Estrutura – deve seguir estas 4 fases:
1. Introdução: deve ser rápida, interessante apresentando os personagens sem divagação. Ex: há muito tempo, era uma vez…
2. Desenvolvimento: são contados os fatos essenciais com bastante ação.
3. Clímax: ponto de maior emoção da história.
4. Conclusão: Aqui você deve ter maior atenção, pois na conclusão é que transmitimos a lição, o ensinamento para quem ouve.
A preparação do ambiente é necessária?
A
preparação do ambiente é muito importante. Se o contador está numa sala
de aula, deve fazer algo que mostre que naquele momento será contada
uma história, chamando assim a atenção dos ouvintes para o momento.
Como? Usando um objeto sobre a mesa ou um lenço jogado no ombro etc. O
contador deve se prevenir contra ruídos e interrupções. Enfim, encontrar
uma posição agradável.
Quais são os elementos necessários para se contar uma história?
Os seguintes elementos são fundamentais na contação de histórias:
• Emoção – O contador deve gostar do que faz e do que vai contar; deve antes navegar na história para depois transmiti-la.
• Expressão –
é muito importante, o olhar deve transmitir o que está sendo falado,
daí a importância de olhar para todos os ouvintes. Você pode se
expressar durante a história com música, barulhos de objetos, com o
corpo, tudo que deixe a história mais atrativa, mas sem exageros.
• Improvisação –
Caso o contador se esqueça de uma parte da história, deve encontrar um
modo de continuá-la, por isso a importância de saber o esqueleto da
história e não decorá-la.
• Espontaneidade – O conhecimento da história oferece ao contador segurança, naturalidade, desinibição e espontaneidade para a contação.
• Credibilidade – O contador não deve denunciar o seu erro.
• Voz – é um elemento dramático e essencial; é o instrumento de trabalho do contador. Por isso deve observar o seguinte:
1. Altura – muito bem calculada para caracterizar os personagens.
2. Volume – é a variação entre forte e fraco, mostrando as emoções dos personagens.
3. Ritmo – é a variação de velocidade.
4. Pausa – é o silêncio no meio da fala, para dar o clima de suspense, mas não pode comprometer o significado das frases.
Procurar usar palavras de fácil compreensão para o público ouvinte.
Quais as formas para se apresentar uma história?
• Simples narrativa – É a mais fascinante de todas as formas, a mais antiga, tradicional e autêntica expressão do contador de histórias.
• Histórias narradas com auxílio do livro -
Narrar com o livro, não ler a história. O narrador deve saber a
história e vai contando com suas palavras. O livro fica aberto voltado
par as crianças, à altura de seus olhos. As páginas são viradas
vagarosamente para que elas possam ver as gravuras
• Com gravuras - Através delas as crianças observam detalhes que contribuem para a organização dos pensamentos e de criação.
• Com fantoches -
São um convite a imaginação da criança, do jovem e do adulto. Pode-se
também ensinar a criar fantoches e através dele contar cada um a sua
história.
• Flanelógrafo - O personagem entra e sai de cena.
• Painéis, recortes, carimbos ou dobraduras
O
recurso utilizado irá depender do número de ouvintes e do espaço físico
que está disponível. Para cada situação um recurso que melhor se
encaixe com o público ouvinte.
Quais atividades podem ser desenvolvidas a partir da história?
• Dramatização: após o término da história, reúna as crianças para juntos encenarem o que acabaram de ouvir.
• Trabalhos manuais: Recortes, dobraduras, colagem, pintura, atividades manuais que lembrem o que foi contado.
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